quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E se ...

E se na minha infância eu não fosse teimosa...
E se eu conseguisse lembrar muitas travessuras que fiz...
E se a partir de hoje eu buscasse ter mais paciência...
E se neste mês de setembro eu consiga resolver algumas pendências...
E se eu buscar trabalhar, com mais frequencia, o meu lado criativo...
E se a dúvida me assaltar...
E se não conseguir alcançar todos os meus objetivos...
E se a tristeza me abater...
E se as pessoas que amo não existirem mais... E se o reencontro me fizer feliz...

Criação a partir de palavras escolhidas pela turma

O inusitado em nossa vida é o caminho a percorrer.
Irão surgir dúvidas, questionamentos, expectativas, emoções...
Temos a liberdade e a alegria de uma criança buscar entre as cores que a natureza nos apresenta uma diversidade infinita, uma mistura multicor.
Mas aquela que mais me direciona em sua lógica é o verde, o verde da esperança.

Um momento de descuido

Minha amiga e colega de muitos anos passou por um episódio muito engraçado e num ambiente muito triste.
Faleceu um familiar de sua melhor amiga. Chovia muito naquela tarde e Sara convidou sua mãe para acompanhá-la.
Ao chegar no cemitério municipal, entrou na primeira capela e já chorando muito, aglomerou-se às pessoas que ali prestavam sua última homenagem ao defunto...
Sara chorava incontrolavelmente. Quando aquele amontoado de gente foi dando espaço àqueles que estavam distantes, Sara começou a se dar por conta que os rostos que ali estavam eram muito estranhos e que sua melhor amiga, ali não se encontrava. Percebeu então que estava no velório errado. Cutucou sua mãe e cochichou:
_ Que mico estamos pagando!
_ Coitado do defunto! Ainda fiquei chorando sem parar!
_ Que teatro! Que desastre!
Por fim saímos daquela capela e com muita vergonha nem procuramos a capela certa.
Fomos embora dando gargalhadas do mico que passamos.

Se eu ganhasse na mega-sena

Ah, se eu ganhasse na mega sena! Terminaria minha casa da praia para logo usufruir desse conforto e do lugar.
Pagaria minhas dívidas. Curtiria umas boas e merecidas férias. Claro que tiraria uma LI (licença interesse)!
Presentearia algumas pessoas e pensaria em montar o meu próprio negócio.
Enfim, faria viagens para conhecer o nosso Brasil e alguns países.

E se ...

E SE não decidisse pensar numa vida profissional....
E SE agora estivesse chovendo...
E SE o dia tivesse mais que vinte e quatro horas...
E SE todas as crianças pudessem sorrir...E SE viver muitos anos...
E SE a noite fosse branca...
E SE meu carro pifar numa rua escura...
E SE eu fosse para a Amazônia....
E SE fosse avó....
E SE soubesse o tamanho da vida...

E se ...

E se...
Não fosse educadora.
Fosse viajante.
Ganhasse na loteria.
Tivesse que caminhar muito diariamente?
Fosse para o Japão.
Comprasse uma editora.
Produzisse arte.
O celular não existisse.
Não me comunicasse via on line?
Gostasse da cor rosa?

E se ...

E se na minha infância eu não fosse teimosa...
E se eu conseguisse lembrar muitas travessuras que fiz...
E se a partir de hoje eu buscasse ter mais paciência...
E se neste mês de setembro eu consiga resolver algumas pendências...
E se eu buscar trabalhar, com mais frequencia, o meu lado criativo...
E se a dúvida me assaltar...
E se não conseguir alcançar todos os meus objetivos...
E se a tristeza me abater...
E se as pessoas que amo não existirem mais... E se o reencontro me fizer feliz...

Exercício de criação a partir de um texto

”Há um rio que atravessa a casa. Esse rio, dizem, é o tempo.. E as lembranças são peixes nadando ao invés da corrente." (O fio das missangas, Mia Couto)

As lembranças para Pietra são diversas, vão e vem;
Dentre as inúmeras que perpassam em seu pensamento recorda, ao despertar pela manhã chuvosa de domingo, como muitas deixam cicatrizes profundas. Algumas se vão como a água que corre; outras enchem tanto que transbordam.
As pessoas, os objetos, os acontecimentos tem significados marcantes. Pessoas que morrem e deixam saudades e ensinamentos; objetos que se quebram ou são muito bem guardados pelo valor inestimável.
E os acontecimentos... Há estes permanecem sempre em suas lembranças, principalmente com aquelas pessoas que Pietra conviveu; pois estas já partiram, sem voltar da cor rente.